Designer’s notes
Pra quem conhece a cultura japonesa já deve ter ouvido falar de um maid-café. "Bem-vindo de volta, meu mestre", me diz a garçonete, uma japonesa com lentes de contato azuis vestida como uma empregada doméstica vitoriana, assim que entro em um dos "maid cafés" de Tóquio, estabelecimentos cuja ideia é demonstrar extrema subserviência ao cliente. Logo na entrada (pela qual pago 600 ienes, cerca de R$ 13), sou convidado a tirar a sorte em um joguinho e ganho uma folha na qual estão impressas fotos das funcionárias, todas na casa dos 20 anos, magras e maquiadas.As sempre sorridentes garçonetes são o que alguém poderia definir como o estereótipo fetichista de uma serviçal. Alguns japoneses dizem que isso tudo é pensado para os solitários e tímidos "otakus", seguidores fiéis de desenhos animados e histórias em quadrinhos.