Arquitetura Grega: História e Exemplos Célebres
Mergulhe na história da arquitetura da Grécia Antiga. Conheça as ordens dórica, jônica e coríntia.
Temos muito a agradecer à Grécia antiga: as Olimpíadas, a medicina ocidental, a democracia e, é claro, todas as características da arquitetura grega. A antiga civilização, que abrangia o continente, as ilhas gregas e outras áreas ao longo do Mediterrâneo (da atual Eslovênia ao oeste da Turquia), produziu edifícios e templos precisos e monumentais que influenciaram milhares de anos de arquitetura. Esses projetos enfatizavam estruturas simples, porém belas, que ainda são referenciadas em projetos modernos. Continue lendo esse artigo e aprenda sobre o estilo arquitetônico desenvolvido na Grécia antiga, estude as ordens clássicas e descubra alguns dos exemplos mais importantes da arquitetura grega, desde a Acrópole de Atenas até uma coleção de templos na Itália.
Arte e Arquitetura da Grécia
A arte grega não se limitava apenas aos templos e às esculturas. Ela estava presente em vasos, joias, moedas e até mesmo em objetos do cotidiano, como ânforas e pratos. A arte era uma parte integrante da vida dos gregos, desde os rituais religiosos até as atividades mais simples. A arquitetura grega também estava intimamente ligada à arte, especialmente em sua busca por proporção, unidade e harmonia. A arte e a arquitetura na Grécia refletem a conexão humana com o divino, Inclusive as esculturas e os templos simbolizavam esse vínculo profundo.
Os templos gregos
Os templos gregos eram muito mais do que simples edifícios religiosos. Eram verdadeiras obras de arte, expressão máxima da cultura helênica e reflexo de suas crenças profundas. Construídos em homenagem aos deuses do Olimpo, esses monumentos arquitetônicos eram centros da vida religiosa, social e política das cidades-estado gregas.
A arquitetura dos templos gregos, caracterizada por suas colunas imponentes e proporções harmoniosas, buscava representar a ordem cósmica e a perfeição divina. As ordens dórica, jônica e coríntia, cada uma com suas características distintivas, definem os estilos dos templos e refletem a evolução da arquitetura grega.
os templos gregos também serviam como locais de encontro, onde os cidadãos se reuniam para celebrar festas e eventos importantes. As esculturas que adornavam os frontões e os frisos narraram mitos e lendas, transmitindo os valores e a história do povo grego às futuras gerações.
As ordens arquitetônicas
Originárias da Grécia Antiga, as ordens arquitetônicas são como um alfabeto visual que moldou a arquitetura ocidental por milênios. essas convenções estabeleceram um padrão para a construção de colunas, capitéis e entablamentos, conferindo harmonia e proporção aos edifícios. A ordem dórica, a jônica e a coríntia são as mais conhecidas, cada uma com suas características distintivas que refletem diferentes estilos e períodos históricos.
Ordem Dórica
A ordem dórica é mais facilmente reconhecível pelas colunas simples e sem adornos que se assentam diretamente no estilóbato - o degrau superior da plataforma de um templo - sem uma base adicional. “A ordem dórica é caracterizada por suas colunas grossas e pelo capitel extenso, que se parece um pouco com um cogumelo ou um marshmallow esmagado”, diz o Dr. Paga. As colunas dóricas são caneladas e tipicamente robustas. “Em termos gerais, a ordem dórica foi usada principalmente na Grécia continental e em áreas a oeste - como a Sicília e o sul da Itália - para onde muitas cidades gregas enviaram colônias entre os séculos VIII e VI a.C.”
Ordem Jônica
A ordem jônica recebe seu nome do local onde se originou, Ionia, uma região costeira no que hoje é a Turquia. A ordem jônica é notável por suas proporções graciosas, e os edifícios geralmente têm um perfil fino e gracioso. A arquitetura jônica é mais facilmente identificável pelas volutas emparelhadas nas colunas - ornamentos em espiral, semelhantes a rolos - e uma base que separa as colunas do estilóbato. “O curso do friso da ordem jônica é uma faixa horizontal contínua, uma área que às vezes era decorada com esculturas em relevo e às vezes deixada em branco”, diz o Dr. Paga.
Ordem Coríntia
“A ordem coríntia começou a ser cada vez mais favorecida durante o período helenístico (o período após as façanhas e a morte de Alexandre, o Grande), e os romanos a adoravam especialmente”, explica o Dr. Paga. “Portanto, se você for à Itália agora, verá principalmente a ordem coríntia, que também é a ordem mais comumente vista hoje na Europa e nos Estados Unidos.” As colunas da ordem coríntia estão entre as mais ornamentadas e elegantes das ordens clássicas. A característica mais identificável é um capitel decorativo - o topo da coluna - que inclui folhas de acanto esculpidas.
Períodos da Grécia Antiga
A Grécia Antiga, berço da democracia e da filosofia ocidental, experimentou uma rica e complexa evolução ao longo de séculos. Sua história, marcada por conquistas, guerras, desenvolvimento cultural e artístico, pode ser dividida em diversos períodos, cada um com suas características distintivas.
Período Pré-Homérico (2000-1100 a.C.): Pouco se sabe sobre este período, marcado pela formação das primeiras civilizações gregas e pela adoção de uma cultura agrícola.
Período Homérico (1100-800 a.C.): Baseado nos poemas épicos de Homero, a Ilíada e a Odisseia, este período é caracterizado por uma sociedade guerreira, com cidades-estado independentes e uma forte influência da mitologia grega.
Período Arcaico (800-500 a.C.): Marcado pelo surgimento das pólis (cidades-estado), pelo desenvolvimento da escrita e da moeda, e pela colonização de diversas regiões do Mediterrâneo. Neste período, a cultura grega floresceu, com o surgimento da poesia lírica e da filosofia.
Período Clássico (500-338 a.C.): Considerado o apogeu da civilização grega, este período foi marcado pelas Guerras Médicas contra os persas e pela disputa entre Atenas e Esparta. A democracia ateniense atingiu seu ápice, e a filosofia, a arte e a literatura alcançaram níveis de excelência nunca antes vistos.
Período Helenístico (338-31 a.C.): Após a conquista da Grécia por Alexandre, o Grande, este período foi marcado pela expansão da cultura helênica por vastas regiões da Ásia e do Egito. Surgiram novas cidades e centros culturais, e a filosofia e as ciências alcançaram novos patamares.
Período Romano (31 a.C. - 476 d.C.): Com a queda de Alexandria, a Grécia foi incorporada ao Império Romano, mantendo, no entanto, sua rica cultura e tradição. A língua grega tornou-se a língua comum do Império Romano do Oriente, e a filosofia grega continuou a influenciar o pensamento ocidental.
Características da Arquitetura Grega
A arquitetura grega, um marco na história da construção civil, é reconhecida por sua beleza, sofisticação e influência duradoura. Suas características distintivas, resultado de uma busca incessante por perfeição e harmonia, moldaram a arquitetura ocidental por séculos.
Principais características:
- Proporção e harmonia: Os gregos buscavam a proporção ideal em todas as suas construções, utilizando cálculos matemáticos para garantir a beleza e o equilíbrio visual.
- Simetria: A simetria era um elemento fundamental na arquitetura grega, conferindo aos edifícios um aspecto equilibrado e organizado.
- Ordem: As ordens arquitetônicas (dórica, jônica e coríntia) definem as características das colunas, capitéis e entablamentos, proporcionando uma linguagem visual unificada.
- Funcionalidade: A arquitetura grega era construída com um propósito claro, seja para cultuar os deuses, celebrar eventos públicos ou abrigar a população.
- Materialidade: Mármore, pedra calcária e madeira eram os materiais mais utilizados, valorizando a beleza natural e a durabilidade das construções.
- Escultura: As esculturas integravam a arquitetura, adornando frontões, frisos e colunas, e contando histórias da mitologia grega.
- Geometria: A geometria era utilizada para criar formas perfeitas e proporções harmoniosas, como os círculos, quadrados e triângulos.
Elementos distintivos:
- Colunas: Elemento fundamental da arquitetura grega, as colunas sustentavam os edifícios e conferiam-lhes um aspecto majestoso.
- Templos: Dedicados aos deuses, os templos eram o centro da vida religiosa e social das cidades-estado gregas.
- Teatros: Os teatros gregos, com suas arquibancadas em forma de ferradura, eram locais de representação teatral e de discussões políticas.
- Ágoras: As ágoras eram as praças centrais das cidades, onde se realizavam atividades comerciais, políticas e culturais.
Influência:
A arquitetura grega exerceu uma influência profunda na arquitetura romana e, posteriormente, no Renascimento. Seus princípios de proporção, harmonia e beleza continuam a inspirar arquitetos até os dias de hoje.
FAQ
Como era a arquitetura grega?
A arquitetura grega era marcada pela busca pela perfeição e harmonia. Seus edifícios, como templos e teatros, eram construídos com base em proporções matemáticas precisas e seguiam padrões estéticos que buscavam a beleza ideal. A simetria, a funcionalidade e a utilização de materiais como mármore e pedra calcária eram características marcantes.
Quais os 3 estilos arquitetonicos gregos?
Não há 3 "estilos" arquitetônicos gregos, mas sim 3 "ordens" arquitetônicas: dórica, jônica e coríntia. Cada ordem se diferenciava pelas características das colunas, capitéis e entablamentos, conferindo um aspecto distinto aos edifinhos.
Qual é um exemplo da arquitetura grega?
Se você mencionar o Partenon, por exemplo, ele é um exemplo clássico da arquitetura grega, especialmente da ordem dórica.
Quais são as três ordens da arquitetura grega?
As três ordens da arquitetura grega são:
- Dórica: A mais antiga e robusta, com colunas simples e sem base, transmitindo um senso de força e solidez.
- Jônica: Mais elegante e ornamentada, com volutas nos capitéis, conferindo um ar mais sofisticado.
- Coríntia: A mais elaborada, com capitéis ricamente decorados com folhas de acanto, simbolizando a natureza e a exuberância.